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CAMINHOS DIFERENTES, O MESMO IDEAL
A construção do Santuário São Miguel Arcanjo, em Bandeirantes, é o resultado de uma semente que foi plantada no coração de dois jovens em dois momentos diferentes.
O começo, em Santa Catarina
Filho de uma família muito simples, que morava no interior de Santa Catarina. Leonir Palla, ainda criança, percebeu que tinha uma ligação muito forte com São Miguel Arcanjo.
Aos 11 anos, ele fez opção pela vida religiosa e decidiu entrar em um seminário franciscano, em Santa Catarina, depois fez o segundo grau em Agudos, no interior de São Paulo, e voltou para seu estado de origem para fazer o noviciado.
Quando fazia o curso de Filosofia, o jovem percebeu que aquela não era sua vocação e decidiu deixar o seminário.
Mensagem chega em sonho
Nos últimos dias no seminário. Léo teve o mesmo sonho durante três noites consecutivas e sempre no mesmo horário, às 3 da madrugada. No sonho, ele recebeu a mensagem que seria o responsável pela construção de uma igreja. O jovem disse que não tinha como realizar a obra, mas recebeu outra mensagem dizendo que a ordem deveria ser obedecida.
Ele deixou o seminário, mas aquele sonho não saía de sua memória. Léo veio para Bandeirantes no começo da década de 1990.
O começo, no Paraná
O outro jovem da história é Roberto Morais de Medeiros, que nasceu em Ibaiti, no Norte Pioneiro do Paraná, e morava em um bairro da periferia da cidade. A mãe dele, dona Gerúzia, faleceu em 1992, deixando o jovem muito abalado.
Roberto, então com 25 anos, resolveu preencher aquela sensação de vazio participando de um grupo de oração da Renovação Carismática Católica na comunidade. “Eu gostei muito porque o jovem gosta de dançar, de cantar, de levantar as mãos”, explica.
Jovem descobre vocação
A partir daí, ele sentiu que estava sendo chamado para uma missão na igreja, ou seja, para o sacerdócio. As próprias atitudes do jovem eram identificadas como a de um seminarista pelo padre do bairro e pela própria comunidade. E foi exatamente nessa época que Roberto descobriu sua devoção por São Miguel Arcanjo.
Após alguns meses refletindo sobre o assunto, o jovem fez opção pelo sacerdócio e ingressou no seminário. Roberto foi ordenado sacerdote no dia 7 de agosto de 2008, aos 32 anos. Ele serviu primeiro como diácono e depois como sacerdote em Andirá por quase 2 anos, foi transferido para sua cidade natal, Ibaiti, e de lá para a Paróquia São Geraldo Majela, em Bandeirantes.
Uma missa para São Miguel Arcanjo
Da sede da paróquia onde estava, o padre Roberto observava, com frequência, um monte que fica a dois quilômetros de distância, perto do trevo na saída para Cornélio Procópio.
A devoção a São Miguel se tomava mais forte. Até parecia a história da sarça ardente narrada no livro do Êxodo, quando Moisés é impulsionado a libertar o seu povo da escravidão no Egito.
O padre Roberto resolveu, então, celebrar uma missa em homenagem ao anjo toda quinta-feira na paróquia onde estava. Para surpresa, o número de fiéis só aumentava e ele procurou um barracão maior para acolher as pessoas que vinham de várias cidades da região.
Uma nova mensagem
Em 2008, Léo foi convidado a fazer uma viagem à França. Em visita a uma paróquia, ele se deparou com um pedaço de véu que teria sido usado por Maria quando o anjo Gabriel anunciou que ela seria a mãe de Jesus.
Léo chegou a duvidar da autenticidade do véu, mas recebeu uma mensagem confirmando que o véu era verdadeiro e que receberia outra mensagem, desta vez com uma ordem que deveria ser obedecida, mas não disse o que era.
A nova mensagem é revelada
No dia seguinte, o pessoal que organizava a viagem disse que levaria os visitantes a um lugar diferente, sem dizer onde seria. Era, na verdade, uma ilha onde fica o Mont Saint-Michel. Neste local, Nossa Senhora revelou qual a ordem deveria ser cumprida: na volta ao Brasil, ele deveria construir uma igreja, que seria um santuário, em homenagem a São Miguel Arcanjo, e que ele seria o responsável pela obra.
A procura por um terreno
Na volta a Bandeirantes, Léo encontrou um terreno com cerca de 3 mil metros quadrados perto de sua residência, onde pensou que poderia construir a igreja. Mas, em oração, foi revelado que ele deveria esperar um pouco mais porque aquele não era o local adequado.
Léo e o padre são apresentados
No começo de 2009, as irmãs responsáveis por um asilo em Bandeirantes organizaram um jantar na sede da entidade, O padre Roberto e o Léo estavam no jantar, em lugares diferentes, e não se conheciam.
O padre Roberto conversava tranquilamente com as irmãs responsáveis do asilo, dizendo que sentia a necessidade de se construir, com urgência, uma igreja dedicada a São Miguel Arcanjo na cidade, falando de seus sonhos, etc, partilhando de suas expectativas, ao mesmo tempo em que as irmãs partilhavam seus desafios e anseios. Pouco depois, a irmã Sueli apresentou o Padre Roberto ao Léo e ambos descobriram que tinham devoção pelo mesmo Anjo.
Padre revela intenção em homilia
Alguns dias depois, o padre Roberto voltou a celebrar uma missa no barracão, que estava completamente lotado e com gente até do lado de fora, inclusive o próprio Léo. Na homilia, o padre falou, sem pretensão, que tinha vontade de construir uma igreja dedicada a São Miguel Arcanjo e apontou até mesmo o lugar que considerava ideal. Era o monte perto da rodovia, na saída para Cornélio Procópio.
No dia seguinte, Léo procurou o padre para conversar e revelou seus sonhos e a mensagem que tinha recebido de Nossa Senhora. Para ele, era como se fossem as peças de um grande quebra-cabeça que se encaixavam.
Chegando ao lugar sonhado
Após alguns meses, Léo encontrou por acaso algumas pessoas da família proprietária do terreno e falou sobre a intenção em adquirir aquele lote no monte para construir um santuário. A família concordou e as obras foram iniciadas em agosto de 2009, 25 anos depois que Léo teve os primeiros sonhos.
O bispo de Jacarezinho na época era dom Fernando José Penteado, que considerou o projeto como “muito grandioso”, mas autorizou a realização da obra.
Obra exige perseverança
A construção do santuário exigiu algumas provações e a maior delas aconteceu em 2011 Um certo dia, às 6 da manhã, Léo estava em sua casa quando foi acordado por um forte vento e trovões com um barulho diferente. O vento parecia descontrolado. Ele
percebeu que o temporal poderia causar muitos danos à cidade e fez unia oração
pedindo que o vento se acalmasse. A cidade não foi prejudicada, mas um terço da obra no santuário se transformou em um monte de ferro retorcido. Léo saiu de sua casa e foi ao monte, onde presenciou a cena com seus próprios olhos. Naquele instante, ele disse a Deus que sabia o sentido de sua missão e que iria reconstruir o que foi destruído.
As primeiras missas
O templo ainda estava em construção quando o padre Roberto decidiu celebrar as primeiras missas de cura e libertação todo dia 29 de cada mês. Cada celebração reunia centenas de fiéis inicialmente, variando depois entre 3 mil e 5 mil fiéis.
Curiosos visitam a obra
A obra também despertou a curiosidade de inúmeras pessoas que passaram pelas rodovias próximas naquele período. Eram dezenas de pessoas por dia.
Imagem é içada ao prédio
A imagem de São Miguel Arcanjo, totalmente construída em aço inox, foi colocada no alto do prédio ao lado do templo, no dia 15 de setembro de 2012, duas semanas antes da inauguração do santuário. O trabalho foi acompanhado com grande expectativa. Para o padre Roberto, este foi um “momento histórico, mais uma etapa vencida”.
Devotos participam da inauguração
A solenidade de instalação e dedicação do santuário aconteceu dia 29 de setembro de 2012, com a presença de mais de 8 mil fiéis.
Uma estimativa
Estima-se que, desde o início das obras, até aquela data, cerca de 50 mil pessoas tenham passado pelo local.
(texto original extraído da Revista do SANTUÁRIO)
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